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O dia da Bíblia


A palavra Bíblia, segundo o dicionário, quer dizer: um conjunto de livros. Contudo, para nós que cremos, quer dizer muito mais. A Bíblia é a Palavra de Deus!

Outra pergunta a se fazer é: quando se começou a comemorar o dia da Bíblia, e por quê?
O dia da Bíblia surgiu em 1549, na Grã-Bretanha, quando o Bispo Cranmer incluiu no livro de orações do Rei Eduardo VI um dia especial para que a população intercedesse em favor da leitura do Livro Sagrado. A data escolhida foi o segundo domingo do Advento, celebrado nos quatro domingos que antecedem o Natal. Foi assim que o segundo domingo de dezembro tornou-se o Dia da Bíblia.
Já no Brasil, o Dia da Bíblia passou a ser celebrado em 1850, com a chegada dos primeiros missionários evangélicos da Europa e da América do Norte, que aqui vieram semear a Palavra de Deus. Pode-se dizer que, durante o período do Império, a liberdade religiosa aos cultos protestantes era muito restrita, o que impedia que estes se manifestassem publicamente. Por volta de 1880, todavia, esta situação passou a se modificar e o movimento evangélico, juntamente com o Dia da Bíblia, passou a se popularizar. Pouco a pouco, as diversas denominações evangélicas estabeleceram a tradição do Dia da Bíblia, e, atualmente, as comemorações do segundo domingo de dezembro mobilizam, todos os anos, milhões de evangélicos em todo o país.
Porém, a oficialização do dia da Bíblia no Brasil se deu apenas em dezembro de 2001, no governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso, em face da Lei Federal número 10.335, que instituiu a celebração do Dia da Bíblia em todo o território nacional.
É importante dizer que a Bíblia foi escrita, originalmente, em três idiomas: o Antigo Testamento em hebraico e aramaico (algumas porções) e o Novo Testamento em grego. Também cabe ressaltar que os livros que formam a Bíblia foram escritos dentro de um intervalo de aproximadamente 1500 anos (de Moisés a João), por aproximadamente 40 homens, de origens e formações diversas – temos, por exemplo: estadistas (Daniel), pescadores (Pedro e João), funcionários públicos (Mateus), poetas e reis (Davi e Salomão), camponeses, eruditos, boiadeiros, padeiros, etc.
Quanto à divisão interna dos livros, tem-se que Stephen Langdon, professor da Universidade de Paris, e mais tarde arcebispo da Cantuária, dividiu os livros da Bíblia em capítulos no ano de 1227 e que Robert Stephanus, impressor parisiense, acrescentou a divisão em versículos em 1551. Felizmente, estudiosos judeus também adotaram essa divisão de capítulos e versículos para o TANACH – Antigo Testamento (GEISLER e NIX, 1997, p. 9).

Inspiração

A palavra inspiração aparece apenas em dois textos da Bíblia: “Na verdade, há um espírito no homem, e a inspiração do Todo-Poderoso o faz entendido” (Jó 32:8) e “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça” (2Tm.3:16). Estas passagens indicam, em outras palavras, que o texto sagrado do Antigo Testamento foi “soprado pelo próprio Deus”.
Gostaria de dar uma definição em termos práticos, não necessariamente teológicos, de inspiração: devemos entender por inspiração que “homens, movidos pelo Espírito,  escreveram palavras sopradas por Deus, as quais são a fonte de autoridade para a fé e para a prática cristã”. Isto é, os escritores das Sagradas Escrituras foram de tal modo capacitados e orientados pelo Espírito Santo, que estas receberam autoridade divina e infalível, conforme verifica-se em 2 Pedro 1:20-21: “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”.

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